terça-feira, 19 de setembro de 2023

Soneto da soli(tude)dão

Pode ontem iniciar o dia?
Arrancado como uma raíz
Pode a noite e sua névoa fria?
Abraçar está alma infeliz


Pelos cantos e becos, via
Uma mulher a perambular
Só sabia quem a conhecia
Que por aí andava sem par


E mesmo visto todo o encanto
Brevemente se pôs a chorar
Limpando com as mãos o velho pranto


Assim por fim ei de acalmar
Por todas as almas e todos os santos
Essa vida há de findar

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