sábado, 9 de setembro de 2023

"Criatura Lisérgica"

 Sentei aqui na frente do pc para escrever. Coloquei um Papa Roach para ouvir (porque é fácil, é simples e tem uma melodia comum). She loves me not, porque eu sei que depois quando eu for ler novamente eu vou ficar tentando lembrar de qual música era...

Demorei um pouco para falar a respeito pois eu tenho a tendência de agir muito por impulso e interpreto as coisas de forma errada por precipitação.

Segundo ele, eu sou o título do texto. Segundo ele também, quando fui pesquisar me disse que eu não deveria me "diminuir" ou algo do gênero. Acaba que a palavra em si não é pejorativa, mas no contexto colocado não teria como deduzir outra coisa.

Entrando aqui no assunto do tom de voz que ele usou comigo, que é sempre muito grave e controlado (o que me desagradou um pouco) me causou um pouco de desconforto, não parecia natural, parecia a voz de um homem que sabe o efeito de uma voz masculina (de um homem que gostamos pela primeira vez) tem em uma mulher. Notei autenticidade e doçura no áudio que mandou depois que enviei uma foto (só pra aparecer mesmo) algum tempo depois. Me lembrou da doçura como eu era tratada por ele antes de tudo, antes de todo o desgaste desnecessário que o fiz passar com a minha inconsequência e irresponsabilidade. Eu não me recordava do pedido dele "não vem ainda", não mesmo e foi um choque ouvir isso mais uma vez. Pareceu um tapa na cara, daqueles que te acorda pra realidade.

Um pouco depois de procurar o significado de lisérgico (coisa que não relacionei ao ácido de forma alguma) que entendi o tamanho do desprezo que ele sente por mim. Alguns dias depois o desprezo ganhou nova roupagem e virou "nojo", "sinto nojo". Pra ser honesta, algumas horas depois eu ri, a forma como ele se expressa é sempre essa, sempre foi, mas isso me lembrou mais uma vez de quando me chamou de vadia e insinuou que eu tinha doença venérea. Sim, é o passado, mas posso descrever a reação que tive de forma diferente hoje. Não havia mais nada para ser quebrado, por isso não senti o estralo do "vidro" como da primeira vez, foi interessante, triste, mas interessante.

Enfim, essa é a importância de sempre "voltar" ao passado para mim, eu (re) avalio coisas e situações sem que os meus sentimentos me nublem a mente ou pressionem meu peito. Dói, dói eras ter de abrir meus próprios olhos, dói, ter de ser eu a pessoa a fazer isso. A verdade é que eu gostaria de mergulhar de uma vez nas minhas dissociações e nunca mais sair de lá, apesar disso ter me salvado, também foi o que muito me prejudicou.


Só queria deixar aqui de observação, para se algum dia eu precisar, com certeza entenderei:

"Um cão por instinto, reconhece a doçura, mesmo que essa seja oferecida uma única vez"

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