Apesar do título fiz uma promessa de que seria gentil quanto as minhas palavras sobre determinadas situações. As pessoas já estão machucadas demais, e eu, tendo sido uma dessas pessoas, não posso me permitir a fazer o que fizeram comigo, eu não sou baixa a esse ponto (apesar de ter 1,68. Foi mal, não resisti :D), e também não vou me comparar as pessoas mais baixas que já conheci. Por esse motivo, sempre procuro analisar bem as situações num contexto geral e imparcial (por mais que machuque, e machuca, como machuca), esse foi o caminho que eu escolhi já ainda na infância, eu já sabia que eu queria ser uma boa pessoa e acabo por achar que toda a M*rda que eu passei foi para que pudesse provar para mim mesma de que apesar de tudo, eu escolho ser boa todos os dias (tem dias que não são fáceis, a vontade é de sair distribuindo tapas e ofensas).
Aprendi algo interessante ha alguns anos atrás, a raiva é a reação natural de quem foi ferido e ela se faz presente em absolutamente toda situação, não importa qual seja, o sentimento não se dissipa, ele permanece dentro de nós como a fumaça de um cigarro em um ambiente fechado, quando se dissipa, acaba por deixar as paredes manchadas, ela está sempre ali. Apesar disso, esse é um bom sinal, quer dizer que você começou a compreender o que o "mundo" te fez, e que sabe que não é o que você merece. Se apega a luz, mesmo que essa seja artificial (as vezes é só o que temos), para que você possa acostumar seus olhos assim que sair ao sol.
Falando do título, me desapontei com alguém ontem de noite. Eu por vezes, ao longo da vida, pensei "Eu preciso me tornar uma mulher digna dele", e esse também foi um dos grandes incentivos para que eu me tornasse cada vez mais EU, a melhor versão de mim mesma. Me entristeci em notar de que o oposto não ocorreu, de que a paranoia vem das próprias atitudes (de manter muitos segredos), sem querer julgar, eu já fui essa pessoa. Quando desabafa, trás falas horríveis sobre quem está ao seu lado seja lá quem for (fico imaginando se eu não seria a próxima a ser, "chata", "gorda", "feia" e "burra"). Apesar de me enciumar e do sentimento me corroer por dentro, não me sinto satisfeita com isso (o ego faria de mim uma mulher baixa, que quando outra é diminuída, se sente enaltecida), não é esse o caminho que escolhi, e me perdoa, mesmo, não é que eu queira julgar, mas eu já fui essa pessoa, eu já fui vocês dois e eu me recordo da sensação. Eu não gostava de me sentir daquela forma e nem sabia disso.
Eu desejo de todo coração que vocês dois se curem, assim como eu tive a oportunidade, e longe de mim me sentir um ser mais evoluído que os outros (cada um está mais evoluído, mas só em determinados pontos), mas, eu não sei se estou disposta a aguardar a sua evolução, não mais. Eu aguardei por 20 anos, tive fé e certeza de que seríamos um algum dia, eu sempre soube (mas nunca nutri). Foi um inferno passar pela vida sem você, mas sinto que no momento, seria um inferno compartilhar uma.
Eu sinto muito, eu sinto, sinto mesmo. Me dói, dói muito...
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