Me dei conta, não há muito tempo de que os gritos de ódio que dei com meu pai ha anos atrás se concretizaram.
Tudo o que eu sou e tudo o que eu tenho, conquistei sozinha, com lágrimas e suor. Contei com o auxílio de poucas pessoas que me queriam algum bem, mas a maior parte foi sozinha.
Eu me criei (meio mal, pq eu sou meio mimadinha (por mim mesma, que fique claro)), logo depois do sequestro (disfarçado de fuga), o qual eu nem fazia ideia de que tinha sofrido, veio o estupro (eu ainda era virgem), e depois a síndrome de Estocolmo, esse foi o resultado dos anos de abandono parental, uma criança, garota, mulher que aceitou migalhas durante anos, essa foi a maldição que eu herdei e ainda que tudo isso e ainda mais tenha acontecido, eu superei. Caí mil vezes e 982 vezes me levantei sozinha, dos escombros da minha própria vida.
Ainda hoje, não me acostumei com a paz que conquistei, ainda não me acostumei a me tratar bem, a me querer bem e a entender que eu mereço somente o melhor de mim, o que eu entreguei de bom grado somente a quem não mereceu.
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